Tipos de acesso à dieta na UTI: quais são as suas características e utilidades?

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Conheça os objetivos e utilizações da nutrição oral, enteral e parenteral e a importância do conhecimento sobre o acesso à dieta na UTI

 

Na Nutrição Hospitalar, existem diferentes procedimentos para fornecer nutrientes e, no caso do atendimento à pessoas gravemente enfermas em UTIs, saber como aplicá-los e qual deles utilizar é uma necessidade para garantir a eficiência do tratamento como um todo. A condição clínica e hemodinâmica  do paciente grave na UTI vai influenciar a escolha de acesso à dieta, podendo ser uma das três alternativas abaixo:

 

Nutrição oral: 

A alimentação oral é preparada em cozinha e tem o objetivo de fornecer todos os nutrientes necessários: calorias, glicose, proteínas, lipídios, sais minerais, eletrólitos, água e vitaminas. Também possibilita a manutenção da homeostase, através de aminoácidos e calorias.

 

Nutrição enteral:

É utilizada quando o paciente não consegue se alimentar por via oral. Nesse caso, deve-se introduzir uma sonda no estômago, jejuno ou duodeno através da passagem nasal/orogástrica. É preciso reforçar que, apesar de estarem em forma líquida ou em pó diluído, os alimentos devem possuir o mesmo valor nutricional de uma refeição completa e equilibrada

 

Nutrição parenteral: 

Essa alimentação feita vai sistema venoso pretende complementar ou substituir os outros acessos, fornecendo parte ou todos os nutrientes necessários. Eles são, por exemplo: glicose, proteínas, lipídios, sais minerais, eletrólitos, água e vitaminas. Ela só deve ser utilizada para preencher a lacuna calórica quando a nutrição enteral for inviável ou insuficiente para garantir a energia e proteína necessárias.  Assim, a nutrição parenteral permite a manutenção da homeostase, pelo suprimento de aminoácidos e calorias.

 

 

Atualmente a tecnologia de fornecimento e aceso à dieta na Terapia Nutricional (tanto enteral como parenteral) tem sido bem vasta, cabendo aos profissionais da equipe de terapia nutricional padronizar as dietas e escolher a melhor alimentação para cada acesso . E isso vai depender da habilidade e da especialização do nutricionista.

 

Devemos lembrar que, como abordou minha colega Cláudia Assis aqui no Blog, a utilização da dieta enteral no ambiente domiciliar também é muito importante, assim como os outros tipos disponíveis. Portanto, o profissional especializado em Nutrição Hospitalar deve considerar também as opções ideais para os pacientes em homecare.

 

 

Escolha do acesso à dieta em UTIs

 

Já  discutimos o perfil dos pacientes de UTIs em posts anteriores aqui no Blog do IESPE. Por serem pacientes hemodinamicamente instáveis e graves, a definição de acesso à dieta do paciente é um trabalho multidisciplinar de toda a equipe que trabalha na UTI, incluindo médicos intensivistas, médicos nutrólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos  e enfermeiros, dentre outros . E ela será feita após avaliação da condição clinica, principalmente pelo estado de doença aguda que o paciente está apresentando. Na próxima oportunidade, iremos discutir detalhadamente alguns pontos de muita importância nessa definição de qual acesso é o mais adequado de acordo com a condição do paciente atendido.

 

Finalmente, qualquer que seja a via escolhida e o tempo de inicio da dieta, é prioritário o monitoramento do paciente de forma muito segura e disciplinada. Assim, será possível interferir em qualquer intercorrência  proveniente da terapia nutricional, trabalho esse que é responsabilidade do nutricionista especializado em UTI.

 

 

 

 

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Augusto Gonzalez Martinez

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