Intrutores Somiti acompanharam desempenho do Corpo de Bombeiros e equipe do hospital
Durante a Simulação de incêndio que aconteceu na terça-feira (23), na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, estavam os coordenadores e instrutores SOMITI/IESPE Marcos Schlinz e Arindha Rossignoli, que participaram do processo como avaliadores voluntários.
A simulação foi feita através de um cenário montado no 5° andar do hospital. Para dar realidade ao incêndio, foram utilizados dispositivos que simulavam fogo e fagulhas, além de máquinas de fumaça e iluminação especial. O objetivo era saber como a Brigada de Incêndio e demais profissionais do Corpo de Bombeiros e da Santa Casa executam as ações necessárias em casos de emergência.
O grupo avaliado era formado por funcionários efetivos do hospital, como os das áreas administrativa, financeira, entre outros, juntamente com os profissionais da saúde que trabalham na Santa Casa e o Corpo de Bombeiros. Na simulação, foram retirados 23 vítimas e 8 acompanhantes que eram atores e estudantes das áreas de Medicina e Enfermagem que se voluntariaram.
“A intenção era exatamente essa: ver como as pessoas reagem em uma simulação de crise”, conta o supervisor de ensino, Marcos Schlinz.
A experiência
O cenário foi dividido em três: a área fria, a área morna e a área quente. A chamada área morna era para onde os bombeiros encaminhavam os pacientes e a equipe médica fazia os atendimentos necessários. Em seguida, caso estivessem bem, eram levados para a área fria (do lado de fora do hospital) ou para a área de emergência, caso precisassem de um atendimento mais urgente.
O incêndio se iniciou em uma das enfermarias e, então, os enfermeiros acionaram a brigada de incêndio para que ela começasse a combater o fogo, remover as vítimas em estado menos grave e chamar a Equipe de Bombeiros para o local. Durante o processo, o incêndio foi piorando e os Bombeiros chegaram, tomando o controle da situação com um grupo concentrado em combater o incêndio, e outro, em retirar todas as vítimas, inclusive os pacientes em estado mais grave.
“Tinha queda de parede e atores mesmo, fantasiados e até com sangramento. E de acordo com o que ia acontecendo, eles iam sobrevivendo ou vindo a óbito”, relata Marcos.
Avaliação e Aprendizado
A experiência foi algo inédito tanto para a equipe do hospital que estava presente, quanto para o Corpo de Bombeiros, devido ao fato de estarem acostumados a levarem as vítimas de incêndio para o hospital e não o contrário.
“Eles trabalham com a metodologia americana, que é pegar e levar, e nós, com a metodologia francesa, que é você chegar, tentar tratar, estabilizar para depois levar. Então é muito diferente, a gente tem que entender o papel deles e eles também precisam entender o nosso”, explicou Marcos.
Devido a isso, aconteceram alguns deslizes no desenrolar da situação. E, por isso, nossos professores frisaram a importância do evento para que seja feito o aperfeiçoamento do trabalho conjunto.
Por outro lado, nossos professores pontuaram como a equipe de enfermagem estava motivada e o destaque, em muitos momentos, da equipe de Bombeiros. O enfermeiro intensivista Marcos conta, ainda, como o evento foi rico em aprendizagem para todos, graças ao momento após o término da simulação, em que os avaliadores e profissionais puderam expor todos os erros e parabenizar por todos os sucessos.
“Foi sensacional. O treinamento, a simulação… foi muito importante para a Instituição e para os profissionais. Foi rico, foi ‘milionário’!”.
Devido aos resultados da simulação, Marcos conta que fará parte da equipe responsável por providenciar melhorias para a Santa Casa: “Nós vamos fazer um relatório. Eu tenho um milhão de anotações para a gente propor algumas melhorias e treinamentos para a Santa Casa como um todo e, principalmente, a criação de protocolos”, disse Marcos.
Além disso, nosso coordenador relata que a partir dessa simulação, as turmas de Pós de Urgência e Emergência e o curso de APH – Atendimento Pré-Hospitalar, devem ficar atentas para novos projetos que estão por vir.