O que considerar em um projeto de interiores comerciais e shoppings?

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Conheça fatores importantes para planejar espaços agradáveis e eficientes

O projeto de interiores comerciais e shoppings exige um cuidado especial do profissional da Arquitetura e Design. Para auxiliar você na elaboração desses espaços, reuní alguns conhecimentos e dicas baseados na minha experiência na área e na disciplina que ministro na pós-graduação.

Considerações do projeto de interiores comerciais

O sucesso de equipamentos comerciais de médio (street malls) e grande porte (shopping centers) está relacionado a uma cadeia de assertivas e procedimentos próprios e também à adoção e atenção a regras e lógicas próprias do mercado consumidor. Seguem algumas na ordem em que devem ser pensadas:

Projeto de interiores comerciais - Arquitetura e Design1- A implantação regional: é a primeira consideração, pois a população do município, seus indicadores socioeconômicos, posição e importância regional devem ser cuidadosamente avaliados antes da proposição do formato e escala do empreendimento (área construída).

2- Local específico da implantação: se o empreendimento se destina a lojas de conveniência, por exemplo, o terreno deve estar localizado na mão de direção da via que leva aos bairros residenciais, ou seja, no caminho de casa. Terrenos de esquina, com frente para duas ou três vias, são bastante indicados. A implantação local correta passa pela análise dos fluxos de pedestres e veículos, a visibilidade do empreendimento, a facilidade de acesso e a correta proporção entre área construída e quantidade de vagas de estacionamento, tudo bem balanceado.

3- Impacto ambiental e de vizinhança: também deve ser cuidadosamente avaliado. A rede de infraestrutura urbana local e regional (pluvial, elétrica, hidrossanitária), no trânsito e no comercio local serão certamente afetados.

4- Sistema construtivo adotado no projeto de interiores comerciais: deve prever rapidez, eficiência, economia e sustentabilidade. Sistemas em aço e pré-moldados de concreto são muito bem-vindos, assim como modulações e dimensões de vãos adequados. Enquanto os componentes de mão de obra mais artesanais estiverem em execução, a estrutura pode ser preparada na indústria. Por tratar-se de empreendimentos que demandam aportes vultosos de capital, o tempo de obra deve ser racionalizado, uma vez que não há receita alguma antes de sua comercialização/inauguração.

Pós-graduação em Sustentabilidade e Tecnologias na Arquitetura, Design e Paisagismo IESPE

Distribuição de elementos no espaço interior

Merecem especial atenção na distribuição de seu espaço interior:

  • Projeto de interiores comerciaisNúmero e posicionamento correto de acessos: circulações devem gerar um circuito ativo, de modo a irrigar bem cada unidade comercial;
  • Proporção correta entre área construída e área locável: determinará a taxa de retorno do capital investido no empreendimento;
  • Jogo do mix: posicionará lojas de variadas metragens, importâncias atrativas e ramos de atividade dentro do conjunto e dos espaços de apoio, circulações e áreas especiais, como praça de alimentação e lazer.

Tão importante quanto a diversidade de ofertas do mix é a unidade e qualidade espacial do interior. Um código de postura deve ser obedecido por todos os lojistas, regulamentando características comuns como tratamentos de fachadas internas, uso de elementos como placas e aberturas e utilização de áreas comuns.

Na busca por eficiência comercial, requer-se de cada unidade um projeto de interiores comerciais conceitual e tecnicamente apurado, com layout coerente, iluminação eficiente, materiais adequados e cores agradáveis. Tudo isso com o objetivo de representar e apresentar coerentemente seus produtos varejistas e seduzir o público a fim de, sinergicamente, contribuir para o desempenho de todo o empreendimento.

Autor:

Álvaro Pompeiano Drummond
Arquiteto
Graduado em Arquitetura e Urbanismo pelas Faculdades Metodistas Integradas Isabela Hendrix (1993) e mestre em Arquitetura e Urbanismo pela Escola de Arquitetura da UFMG (2006). Foi professor substituto de disciplinas de projeto na Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais entre 2004 e 2014, professor assistente de Projetos na Universidade de Itaúna (2011-2013) e é professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC Minas (desde 2014) e da UniBH (2015-presente). Sua experiência em Arquitetura enfatiza-se em planejamento, supervisão e coordenação de projetos da edificação, processo construtivo e estruturas portantes. Mantém escritório próprio desde 1993, onde realizou projetos para edifícios residenciais, comerciais e institucionais de médio e grande porte nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Possui artigos, capítulo de livro e publicações no Brasil, Espanha, França e Singapura. Atualmente é Gerente de Projetos de Edifícios e Equipamentos Públicos do
DEER/MG (Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais).

Pós-graduação em Arquitetura IESPE

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IESPE

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