Por que a personalização do exercício é tão importante na Educação Física?

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Entenda a relevância do atendimento individual para a saúde e conheça o mercado envolvido na personalização do exercício físico

 

Cada indivíduo é único no mundo. Ele é repleto de histórias, experiências, vivências e, principalmente, expectativas. Por isso a importância da personalização do exercício para a saúde.

 

Quando uma pessoa procura exercícios físicos, esse que tem orientação de um profissional especializado, ela pode estar procurando várias coisas.

 

Uma vida mais saudável é uma das principais expectativas. Mas muitas outras coisas podem estar sendo procuradas e que, muitas vezes, estão diretamente relacionadas a esse primeiro objetivo.

 

Há alguns anos a saúde já não é mais considerada somente como a ausência de doenças. Logo, se não tenho doença, posso continuar não estando saudável.

 

Estudos já evoluíram para compreender que podemos entender a saúde para além do bem-estar físico, incluindo também um bem-estar social, emocional, espiritual…

 

 

Papel do profissional de saúde

 

Diante desse conceito, nós profissionais da saúde e todos os que lidam com indivíduos precisamos compreender melhor essa perspectiva para que nossos alunos, clientes, pacientes, sejam compreendidos na sua totalidade e tenham assim a possibilidade de atingir seus objetivos de forma mais concreta.

 

Vender saúde é fácil! Afinal, ’corpos bonitos’ aparentam ter saúde! Então vendemos esses corpos ou como se aproximar deles e pronto, eles terão saúde? Infelizmente, não. E esse é um conceito que o profissional de Fitness precisa conhecer e dominar.

 

Ao considerar sua saúde, algumas pessoas irão valorizar mais a parte física (ser ativo, bem disposto às atividades, forte, resistente, flexível), outras os aspectos sociais (ter um bom convívio com as pessoas, ter uma família que o apoia, ter um ciclo de amizades em que possa confiar), emocionais (ser amado, amar, estar feliz com o que conquistou, ter expectativas e conseguir realizá-las) e como aspecto espiritual podem considerar as crenças, a elevação do pensamento, as espiritualidades, dentre outros. Utilizei esses exemplos no sentido de melhorar a compreensão do que estamos tratando, valendo ressaltar que alguns deles não são tão isolados, podendo fazer parte de um ou outro aspecto que compõe a saúde.

 

Personalização do exercício

 

Então quando pensamos nos exercícios físicos precisamos pensar nisso tudo aí? Eu sei, parece complicado. Podemos dizer que é trabalhoso, mas não impossível. Precisamos chegar o mais próximo que conseguimos do nosso aluno, cliente e paciente para atendê-lo da melhor forma, já que ele é único.

 

Para isso, felizmente temos em nossas mãos protocolos de anamnese que possuem como principal objetivo traçar o perfil desse aluno, tendo acesso assim a mais informações sobre ele. Brinco que, quanto mais souber sobre o aluno, melhor será a proposta de exercícios.

 

Muitos pensam na personalização do exercício como um gasto excessivo de tempo, afinal, nosso tempo vale dinheiro. Visualizo como um investimento  o período em que nos propomos a conhecer mais esse indivíduo. Quanto mais real e personalizada for a proposta, maiores as chances de bons resultados, continuidade e satisfação.

 

Uma pessoa na terceira idade, por exemplo, não pode ser assistida da mesma forma que um jovem de 20 anos, como já abordamos no texto sobre prescrição de exercícios para idosos. E, de maneira semelhante, cada idoso possui a sua individualidade e deve ser atendido como tal.

 

 

A personalização do exercício é especialidade e negócio

 

Engraçado que, nos dias atuais, tornou-se comum achar que a única forma de se pensar em personalização do treino seja compreendida através da orientação de um personal trainer. Não nego a importância desses profissionais sobre a maioria dos espaços que temos hoje para a prática de exercícios físicos. Eles são essenciais dentro de uma cultura de utilização de espaços sem orientação adequada em que a média é de 30/40 alunos por profissional, às vezes mais.

 

Mas execução de movimentos corporais é bastante complexa, em especial dentro dos números expressivos de sedentarismo desde a infância até a fase adulta que temos na atualidade. É muito complicado para quem não aprendeu a se locomover com qualidade e passou por anos de pouco estímulo aos exercícios físicos e práticas esportivas, chegar à fase adulta fazendo treinos de corrida aleatórios ou executando agachamentos com carga em grande escala.

 

Há poucos anos temos percebido a alteração desse mercado com a proposta de pequenos “estúdios” de exercícios físicos, também focados na personalização. Essa proposta se aproxima do que compreendo como uma possibilidade da Educação Física ser raciocinada como benefício efetivo aos seus praticantes. Esses “estúdios” possuem em média 10 alunos por profissional, ou até menos. Número que amplia grandemente a possibilidade de orientação mais adequada relacionada às individualidades dessas pessoas. Digo que amplia porque não garante. Mesmo diante de espaços diminuídos pode-se não executar uma orientação voltada para a individualidade. Por isso é tão importante a capacitação em Educação Física.

 

Cabe ao profissional/professor de Educação Física, em constante formação, se apropriar desses conhecimentos para direcionar de forma adequada sua prática. E assim, diminuir cada vez mais a grande dificuldade que há na inserção e permanência das pessoas nas práticas saudáveis de exercícios físicos. E aí sim poderemos falar de forma “mais real” sobre saúde, qualidade de vida e bem-estar.

 

 

 

 

 

 

 

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Jessica Sobrinho

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