Professores e alunos de pós-graduação e extensão contam histórias inspiradoras
Todos os heróis e heroínas da humanidade são pessoas comuns que, através do conhecimento, conseguiram transformar sua própria vida e também das pessoas que estão ao seu redor. Nomes como Albert Einstein, autor da Teoria da Relatividade; a menina paquistanesa, Malala Youzafzai, que luta a favor dos direitos da mulher no Oriente Médio; o médico neurologista e pai da Psicanálise, Sigmund Freud, e o brasileiro Santos Dumont, pai da aviação, fazem parte do nosso cotidiano pois estes homens e mulheres deram sua contribuição para melhorar nossa trajetória através do saber. Pensando nisso, o IESPe lança hoje, a campanha: O Conhecimento Muda o Mundo, uma iniciativa que vai lembrar pessoas que impactam nossa cidade, nossa região e até nosso país através da educação e do trabalho árduo.
Os leitores vão poder conferir histórias de pessoas próximas para se inspirar, personagens que foram impactados ou impactaram a vida de alguém por meio da educação. “A ideia é mostrar o conhecimento de forma ampla, com o potencial transformador que ele possui, para que as pessoas se sintam motivadas a mudar o mundo no seu dia-a-dia através do estudo e do trabalho” explica Ralph Vianna, gerente de marketing do IESPe e idealizador da campanha.
Uma das histórias escolhidas é a da enfermeira obstetra, Ana Beatriz Querino de Souza, 37 anos, que optou por compartilhar algo do seu dia-a-dia: o parto. Neste caso, o de uma aluna que Ana assistiu, dentro de seu próprio carro, em Juiz de Fora. Automóveis e bebês também são o tema do relato da enfermeira emergencista, Lucimar Abreu, que, mesmo em seu dia de folga, auxiliou a equipe de resgate no caso do salvamento de um recém-nascido de quatro meses, vítima de um acidente de trânsito.
Mas não são só as meninas que têm bons casos para contar, os meninos também mostram ótimas histórias envolvendo o conhecimento: Dhiego Torga, 29 anos, personal trainer, mesmo noivo, deixou de construir a laje de sua casa para investir em seus estudos e o condutor socorrista, Josué Hilquias Fernandes Pereira, 41 anos, salvou a vida de um homem, vítima de uma parada cardiorrespiratória, em uma corrida de rua na Av. Rio Branco em Juiz de Fora. Abaixo você confere nossos personagens compartilhando seus relatos:
O conhecimento muda o mundo e apaixona:
Dhiego Torga, 29 anos, é educador físico e está se formando em Nutrição. Simultaneamente à sua segunda graduação, Dhiego cursa no IESPE a pós-graduação de Nutrição Clínica e Desportiva, da Faculdade Redentor. Torga tem, na verdade, uma história de amor e dedicação ao esporte, tanto na prática quanto nas ciências que o envolvem.
O personal trainer revela que o contato com a atividade física vem desde muito jovem, quando, ainda no colégio, começou a praticar esportes: “meu colégio era muito rígido com isso”, conta. Foi atleta no vôlei, no atletismo e resolveu seguir carreira como educador físico porque os estudos também eram o seu foco, já que a cobrança em casa era frequente: “minha mãe sempre disse que as pessoas poderiam me tirar tudo, menos o conhecimento, e ela sempre exigiu que eu estudasse”.
Depois de se formar, decidiu investir em uma pós-graduação mas aí veio um problema: onde conseguir dinheiro? Dhiego, que é noivo há cinco anos, precisava terminar de construir sua casa para morar com a esposa, faltava só a laje…
E aí, levanta a casa ou estuda mais? Dhiego não titubeou, escolheu pela especialização porque, assim como nós, ele é um apaixonado pelo conhecimento e tem a certeza de que essa opção vai ajuda-lo não só a construir lajes, mas vai também abrir portas e janelas para um futuro cheio de vitórias para comemorar.
E os frutos já estão sendo colhidos, depois da pós-graduação, o aluno conta que as oportunidades estão surgindo cada vez mais: “Não tenho mais espaço na minha agenda para personal” e completa: “tive minha popularidade aumentada, porque hoje tenho assunto para falar com os alunos”, explica.
Nós ficamos, claro, na torcida para que uma das vitórias seja o Dhiego mudar com a noiva para esta tão sonhada casa e, já que, como ele mesmo nos disse em entrevista, não está mais sobrando espaço na agenda, tá na hora de parar de enrolar a moça, Torga. Casa logo. 😉
O conhecimento muda o mundo e cria heróis:
Na noite fria de 11 de Julho de 2015, o condutor socorrista e técnico em enfermagem, Josué Hilquias Fernandes Pereira, 41 anos, relutava em sair de casa, após um plantão cansativo: “eu pensei mil vezes porque estava exausto”, conta. O inverno frio, entretanto, parecia um convite para esquentar o corpo, que reclamava do cansaço, em uma tradicional corrida de rua noturna, no centro de Juiz de Fora. “Senti que devia, alguma coisa estava me dizendo para ir”, e Josué foi.
Até então, nada de diferente, o clima na corrida era o mais animado possível, muitas pessoas conhecidas, outras tantas a conhecer todos se preparavam para a prova.
Dada a largada!
Entre pernas aquecidas e cabeças afoitas pela vitória, Josué, que é formado em APH – Atendimento Pré-Hospitalar pelo IESPE, avistou uma confusão na pista: era um homem passando mal. Ao se aproximar, o condutor percebeu que se tratava de um idoso de mais de 70 anos: “Era o Sr. João!”, exclama, afoito, demonstrando já conhecer aquele senhor, agora no chão.
O técnico já estava treinado para isso: examinou rapidamente os sinais vitais do senhor João que, a essa altura, não respondia e não respirava… Se confirmou: uma parada cardiorrespiratória, bem ali, na frente dele. A animação da prova foi substituída pela necessidade de agir com a máxima urgência, afinal, a corrida agora seria para salvar a vida daquele atleta sênior, deitado no chão da Avenida Rio Branco. Sob céu frio de Juiz de Fora, Josué percebeu que estava na hora certa, no lugar certo e com o conhecimento certo: “se eu não tivesse o domínio de Suporte Básico de Vida e Reanimação Cardiopulmonar que eu aprendi com o APH, eu jamais conseguiria agir naquela situação. Ficaria desesperado”, comenta.
A ajuda de outros colegas que também estavam no circuito não demorou a chegar, e assim, em equipe, Josué conseguiu agir assertivamente através da massagem cardíaca até a chegada da ambulância. A atitude foi elogiada pelo Supervisor de Ensino, Marcos Schlinz, que destacou a diretriz da AHA – American Heart Association, a instituição mais respeitada do mundo no tratamento de doenças cardiológicas, sobre as manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar: “Depois de três minutos sem agir, o paciente já começa a perder neurônios, o risco de dano cerebral é enorme”, diz Marcos. E complementa: “esse dado é reconhecido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia que ainda faz uma ressalva de que, a cada minuto sem a massagem cardíaca, a vítima perde 10% de chance de sobreviver”.
Felizmente, o sr. João sobreviveu. Cerca de 30 minutos depois do incidente, respondeu aos estímulos da equipe. E Josué, que antes estava desanimado para correr, voltou para casa cheio de energia, com a certeza de que o conhecimento salva vidas e constrói heróis.
O conhecimento muda o mundo e faz nascer a cura:
Ana Beatriz Querino de Souza, 37 anos, enfermeira obstetra e coordenadora da pós-graduação em Enfermagem Obstétrica da Faculdade Redentor no IESPE. Seu lema? Empoderar mulheres. Como? Através do conhecimento.
Não é incomum encontrar alunos que tenham sido inspirados pela figura forte de Ana Beatriz a entrar no ramo da Obstetrícia, a enfermeira é apaixonada pelo que faz, transpira conhecimento e amor pela área. Mas até os grandes têm seus dias de fraqueza e, no caso de nossa heroína, a morte do pai foi um golpe forte. A saudade apertava o coração de “Bia” e ela, que buscava respostas, não encontrava nada além do silêncio.
No dia 10 de Dezembro de 2015, este silêncio foi interrompido por uma notificação de mensagem no celular de Ana. Era Andreia, sua aluna do curso de pós-graduação e amiga pessoal. A professora revela: “ela dizia ‘acho que o Theo está querendo nascer’ e então eu pensei que não seria uma boa parteira naquele dia”. Mas alguma coisa dizia que algo de bom ainda iria acontecer.
Andreia, que teve a gestação toda acompanhada por Ana Beatriz e escolheu a professora para assistir seu parto, acabou encontrando na docente a inspiração para também se tornar enfermeira obstetra; talvez por isso, Ana tenha reunido suas forças e chegado à casa de sua aluna. Já tinham tudo planejado, o parto seria domiciliar. Ao fazer sua última consulta, uma surpresa: a bolsa rompeu. O conhecimento de ambas as tranquilizaram: “Nós duas, primeiro, trocamos olhares de assombro, depois, de cumplicidade até que liberamos boas risadas, porque não era um risco e, a nossa tranquilidade, acabou contagiando a família”, conta Ana.
Plano B: as duas vão ao hospital para um parto humanizado. Seria fácil, se não fosse o mês de Natal e elas não estivessem tentando atravessar a cidade em plena hora do rush. Ana foi com a gestante e sua filha mais velha, Alice, em seu carro, enquanto o papai e vovó seguiram no carro da família. O transito estava caótico e as contrações só aumentavam. Não ia dar tempo, ambas sabiam e ambas confiavam uma no conhecimento da outra. “Eu me lembro de perguntar para a Andreia, uma hora ‘você confia em mim?’ e ela, mesmo com as contrações, disse que sim”, conta a professora.
Ana Beatriz conseguiu um lugar mais calmo e reservado para estacionar e foi ali que aquele silêncio ensurdecedor da tristeza de perder um ente querido foi rasgado pelo choro do Theo, que representava a alegria da chegada. O conhecimento proporcionou o encontro de duas mulheres, de duas amigas e de mãe e filho.
A docente é grata à aluna por ter proporcionado o dia de respostas a ela: “na verdade, a Andreia é quem cuidou de mim aquele dia, eu estava triste e pude me sentir útil na obstetrícia, essa é a minha missão. Só tenho o que agradecer a Deus”, completa a professora.
O conhecimento muda o mundo e abre portas:
Gabriela Brown tem 31 anos e atualmente cursa a faculdade de Enfermagem em JF. Antes mesmo de entrar na graduação, Gabriela já foi empregada na área por se dedicar bastante aos estudos, mas nem sempre foi assim…
Gabi, como é chamada pelos amigos, fez um curso técnico na área, porém, não estava completamente satisfeita: “parecia que faltava alguma coisa”, lembra e, talvez por isso, ainda não havia conseguido uma vaga no mercado de trabalho. Buscou uma formação complementar, e foi aí que ela se deparou com o curso de APH – Atendimento Pré-Hospitalar do IESPE. Foi amor à primeira vista. “Ela aproveitou ao máximo o curso, tendo um desempenho reconhecido, inclusive, pelos instrutores” relembra a coordenadora do APH, Érika Dornelas.
Mesmo feliz, algo ainda mexia com o coração de Gabriele: ela ainda não estava empregada. Pesquisando sobre a área, nossa heroína descobriu um concurso para atuar no serviço de emergência e resolveu investir pois confiava no conhecimento que havia acabado de absorver. O resultado? Passou. “O curso terminou em dezembro e minha prova era em janeiro; foi muito bom porque o conteúdo do curso foi exatamente o que eu precisava para passar, e ficou tudo gravado na minha memória”, comemora Gabi.
“Se não fosse o conhecimento que eu adquiri no curso, hoje eu não estaria empregada”, informa a estudante que atribui seu primeiro emprego ao conhecimento adquirido através do APH, ainda como técnica de enfermagem.
Parabéns, Gabi. Que sua trajetória seja repleta de vitórias. 😀
O conhecimento muda o mundo e reacende chamas:
O personal trainer Márcio Santos, 31 anos, nem sempre se deu muito bem com sua área de formação. Ao se graduar em Educação Física, acabou não enxergando muitas perspectivas no mercado e a frustração foi inevitável: “a pessoa quando termina a graduação, ainda está começando no mercado de trabalho, é apenas a primeira fase”, informa. Márcio teve a intenção de fazer concurso público para o corpo de bombeiros e decidiu fazer a pós-graduação de Ciência do Exercício Aplicado ao Fitness da Faculdade Redentor no IESPE como diferencial para este processo seletivo.
Ao começarem as aulas, porém, nosso protagonista percebeu que o curso poderia estabelecer uma série de oportunidades que antes não estavam tão claras, ou até não se abriam para ele apenas com a graduação: “Muitas vezes a gente associa o ambiente acadêmico à uma carga de estudo muito teórica. Com a especialização foi diferente, pois eu conseguia vivenciar na prática tudo o que eu aprendia em sala”, recorda. E foi então que nosso personagem decidiu voltar a investir em sua carreira e reencontrou sua vocação: ser Educador Físico: “percalços da vida me fizeram achar o caminho que eu precisava achar”, lembra saudoso.
Através dos estudos teóricos, aliados à prática diária, o educador físico pode hoje exercitar aquilo que nasceu para fazer. Hoje ele é personal trainer e atua também como coordenador de uma academia em Juiz de Fora e diz que se sente realizado na profissão pois tanto o número de clientes e o reconhecimento aumentaram: “eu pude observar o quanto se abriu espaço para eu trabalhar na área [após a especialização]. Eu me sinto muito feliz”. Márcio reconhece que, graças ao conhecimento, ele teve sua vida transformada.
O conhecimento muda o mundo e cuida:
Rita de Cássia Almeida é coordenadora da pós-graduação em Enfermagem Oncológica da Faculdade Redentor no IESPE. Tem anos de experiência em cuidados paliativos no Instituto Nacional do Câncer e, graças à paixão pela profissão e o conhecimento adquirido ao longo de muito estudo e prática, conseguiu vivenciar a história que nos conta a seguir:
Em uma das atividades do estágio supervisionado do curso, a coordenadora foi conferir, junto com as alunas, o estado dos e das pacientes no setor. Ao chegar em uma maca, a professora se deparou com uma situação constrangedora: uma mulher, internada há dias, se recusava a tomar banho, como uma tentativa de negar a doença que a atingia: “ela inclusive, ficava repetindo o tempo todo que não sabia o que ela tinha”, explica. Rita sabia: era câncer de mama e a situação não era das melhores.
Como explicar para uma paciente que ela está doente e que a patologia em questão é considerada pela Organização Mundial da Saúde a maior causa de morte de mulheres do mundo? Qual a melhor forma? Existe uma melhor forma? Neste momento, Rita conta que percebeu uma coisa importante: “Ali eu identifiquei algo muito simples, mas que é comum muita gente esquecer: o papel da enfermagem é cuidar. E eu precisava transmitir isso para as alunas que me acompanhavam”.
Dito e feito: Rita, através do conhecimento prévio, conseguiu contornar a situação, conscientizar a paciente sobre seu estado e, por último, mas não menos importante, sobre seu banho. Mas não só a paciente se sentiu inspirada pela especialista, o grande impacto se deu nas alunas que acompanhavam a visita: “isso me deixou curiosa porque, na verdade, eu foquei no meu papel para com a paciente naquele momento e, depois que terminamos, as meninas disseram que aprenderam muito comigo. Isso é importante”, finaliza.
O conhecimento é o responsável por transformar tarefas em missões, por isso tantos apaixonados.
O conhecimento muda o mundo porque é contagioso:
O dia 28 de Julho de 2015 seria só mais um dia na vida do jovem Pablo Teixeira Fernandes, 21 anos, aluno do curso de APH – Atendimento Pré Hospitalar do IESPE.
O estudante, que é militar, ia para o seu trabalho de ônibus quando em dado momento, viu uma moto e um carro batendo de frente. Resolveu atender: “Poderia ser meu irmão, meu pai, minhã mãe. Então, eu agi”, afirma. Pablo conduziu o atendimento desde o início e também foi o responsável por comunicar o ocorrido ao serviço de emergência, passando todos os detalhes técnicos do caso.
O grande herói da nossa história está em carreira iniciante, mas lembra que, apesar do nervosismo, a vontade de fazer o bem falou mais alto e, por ter o conhecimento necessário para prestar os primeiros socorros, conseguiu cumprir todas as normas e procedimentos, o que foi decisivo para o bem-estar pleno da vítima.
Pablo atribui o mérito da paixão pela área aos instrutores do curso com quem teve contato: “eles emocionam e transmitem essa ideia de busca incessável pelo conhecimento porque eles são apaixonados pelo que fazem”, garante o estudante.
Você conheceu histórias inspiradoras, mostrando que o conhecimento muda o mundo. Muda o seu, muda o das pessoas que estão ao seu redor. Por isso, um ótimo caminho para você transformar a sua vida é se especializar. O IESPE oferece cursos de extensão e pós-graduação nas áreas de Medicina, Enfermagem, Educação Física, Fisioterapia, Nutrição, Tecnologia, Gestão e Empreendedorismo. Mude o mundo você também.
[Por: Victor Alexsander]