Descubra através de estudos recentes qual é o mais eficiente exercício para o emagrecimento de alunos: HIIT, aeróbio contínuo ou musculação
Este é um questionamento que ouço praticamente todos os dias: “professor, qual o melhor exercício para o emagrecimento?”. E em um país onde 63,1% da população está com sobrepeso ou obesa, a oportunidade para o profissional dentro dessa “fatia de mercado” do Fitness é gigante! Com isso, a busca do melhor exercício para emagrecer, seja pelo leigo ou até mesmo pelo profissional, acontece a cada dia.
Será que existe um melhor exercício para o emagrecimento? Aqui que certos profissionais se perdem, acabam se apegando a uma determinada modalidade de exercício e a defendendo com unhas e dentes, muitas vezes diminuindo outras modalidades. Mas o que os estudos nos mostram?
Confira abaixo três comparações importantes baseadas em pesquisas científicas recentes:
Musculação ou aeróbio?
Um estudo de 2017 mostrou que tanto a musculação quanto o aeróbio têm o mesmo potencial de emagrecer um indivíduo! Por muitas vezes, quando o assunto é emagrecimento, a musculação é deixada de lado, porém ela é importantíssima nessa fase, não só para acelerar a queima de gordura, mas também para assegurar que não ocorra a perda de massa muscular durante o processo. Afinal, ninguém quer que isso aconteça, não é mesmo?
E no que se refere à musculação, os estudos mostram que protocolos de alta intensidade como o HIIT são mais vantajosos que protocolos de baixa intensidade. Então aquela “ficha” de emagrecimento com um circuito de baixa intensidade pode não ser a melhor opção para o emagrecimento!
HIIT ou aeróbio contínuo?
Essa é sem dúvida a maior “briga” do momento nas redes sociais. Qual é melhor? HIIT ou aeróbio contínuo? O que temos visto é que os protocolos de HIIT parecem conseguir resultados equivalentes ao aeróbio contínuo, porém com sessões de treino mais curtas. Mas um estudo liderado pelo pesquisador americano e PhD. Wesley Tucker chegou a uma conclusão diferente: ao comparar dois protocolos de HIIT com um de aeróbio contínuo (de média/alta intensidade com sessões de mesma duração) o aeróbio contínuo teve um maior poder de emagrecimento! E agora?
Por fim, uma revisão que reuniu vários estudos com protocolos diferentes de HIIT mostrou que as pesquisas que utilizaram protocolos de HIIT + aeróbio contínuo foram as que obtiveram os MELHORES resultados de emagrecimento!
Alta intensidade x baixa intensidade
Independente da modalidade, seja aeróbio contínuo, musculação ou o próprio HIIT e suas variações (SIT, RST…), podemos ver que exercícios com maior intensidade tendem a ter um maior poder de emagrecimento.
Por muitos anos os profissionais focaram muito no volume (principalmente tempo total de treino) e trabalharam com intensidade baixa para o emagrecimento, mas o que os estudos mostram é que intensidades mais altas são mais eficientes na queima de gordura e emagrecimento!
Aqui, cabe lembrar que intensidade é individual, ou seja, para uma pessoa sedentária e obesa, caminhar a uma velocidade de 5,0km/h pode ser alta intensidade, assim como para um corredor profissional, correr a 15km/h pode ser baixa intensidade! Esses mesmos 15 km/h são quase impossíveis para boa parte da população!
Então, seja na musculação, HIIT ou aeróbio contínuo, avalie seu aluno antes, para conseguir prescrever a intensidade adequada para ele .
Conclusão
“Mas Vitor, afinal, qual o melhor exercício para o emagrecimento?” O melhor exercício vai ser aquele que seu aluno tem maior aderência…Não adianta montar um treino “perfeito” se ele simplesmente não gosta ou não vai conseguir executar! Junto a ele, planeje um treinamento em que irá primeiramente garantir a sua aderência e, a partir disso, faça as modificações das variáveis para otimizá-lo para o emagrecimento!
Referências:
- Bahia, L., & Araújo, D. V. (2014). Impacto econômico da obesidade no Brasil. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, 13(1).
- BOUTCHER, Stephen H. High-intensity intermittent exercise and fat loss. Journal of obesity, v. 2011, 2010.
- VILLAREAL, Dennis T. et al. Aerobic or resistance exercise, or both, in dieting obese older adults. New England Journal of Medicine, v. 376, n. 20, p. 1943-1955, 2017.
- TUCKER, Wesley J.; ANGADI, Siddhartha S.; GAESSER, Glenn A. Excess postexercise oxygen consumption after high-intensity and sprint interval exercise, and continuous steady-state exercise. The Journal of Strength & Conditioning Research, v. 30, n. 11, p. 3090-3097, 2016.
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