II Encontro de Saúde da Mulher e Obstetrícia.

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Evento discutiu parto humanizado com a presença de profissionais, mães e da sociedade.

 

Em comemoração ao mês das mães e à Semana Brasileira de Enfermagem, o IESPe –  Instituto Educacional São Pedro ofereceu o II Encontro de Saúde da Mulher e Obstetrícia no último sábado, dia 16. O evento, que faz parte do calendário acadêmico da turma de pós-graduação em Enfermagem Obstétrica, aconteceu na sede da instituição.

 

Segundo matéria do jornal Tribuna de Minas publicada no último mês, o índice de cesarianas em Juiz de Fora é de 95% na rede particular enquanto o preconizado pela Organização Mundial da Saúde – OMS é de 15%. O IESPe, atento às necessidades da população, adotou como tema principal do encontro o “Parto Humanizado” com o intuito de trazer mais informações sobre este procedimento. Para a discussão ficar completa convidou profissionais, professores, alunos, mães que tenham passado por este tipo de parto e também a população.

 “O melhor lugar para parir é onde a mãe se sinta segura” Ana Beatriz Querino de Souza, mãe e enfermeira obstétrica

Millena Guedes tem 28 anos, é fisioterapeuta, casada e, embora ainda não tenha engravidado, afirma que o tema sempre despertou muito interesse: “tenho vontade de

Milena Guedes
Milena Guedes, fisioterapeuta e participante do evento.

fazer o parto natural e conheço muitas mulheres que, assim como eu, também querem”, conta.  Na opinião de Milena, a insegurança, a falta de conhecimento das mulheres, aliada à falta de mão de obra especializada, é o que faz com que as mulheres recorram a partos cirúrgicos: “A criação de dificuldades e a falta de conhecimento sobre algo normal e natural faz as mães se sentirem inseguras e optarem por um outro caminho nesse momento tão especial”, explica.

 

Uma das palestrantes do encontro, a enfermeira e coordenadora do curso de pós-graduação em Enfermagem Obstétrica, Ana Beatriz Querino de Souza, concorda com a fisioterapeuta: “A primeira coisa que a mulher pensa é ‘vão me deixar sentindo dor, não vão deixar entrar a pessoa que eu quero, vão subir na minha barriga, vão gritar comigo. Quem vai querer este tipo de tratamento? Ninguém”, argumenta. Ana tem 37 anos, foi mãe por um parto domiciliar e é defensora do parto humanizado. Desmistifica o assunto relembrando a orientação da OMS de que “o melhor lugar para parir é onde a mãe se sinta segura”.

 

Ana Beatriz Querino de Souza
Ana Beatriz Querino de Souza, mãe, enfermeira e coordenadora do IESPe.

Independente de onde seja realizado o procedimento, a enfermeira defende que seja feito com respeito: “Pode ser em casa, em uma casa de partos ou no hospital, mas não tem mistério, ‘humanizar’ o parto é dar à pessoa o respeito e privacidade. A mulher tem o direito de saber o que vai ser feito no corpo dela. O respeito é ético”, ressalta.

 

De acordo com a professora, tanto a gestação quanto o parto precisam de alguns cuidados específicos, mas não representam uma patologia. “O parto é um evento fisiológico”, declara Ana. Apesar disso, a cultura foi levando o parto para dentro dos hospitais, num processo de institucionalização do procedimento.

 

 

PRÉ-NATAL E CIÊNCIA DO PARTO DOMICILIAR:

 

Um erro comum  é pensar o parto domiciliar como rudimentar, sem preparação, sem conhecimento técnico, científico. Por experiência própria, Ana Beatriz Querino de Souza afirma que seu parto foi preparado durante toda a gestação: “tive um parto domiciliar planejado” e garante a segurança do procedimento para as mamães e para os bebês.

 

Ana afirma despertar essa iniciativa nos cursos e palestras que ministra e desenvolve e também no dia a dia, fazendo com que os profissionais de saúde e a sociedade em geral  enxerguem o parto como um momento de respeito às decisões da mulher.

 

A orientação para as gestantes é o pré-natal. Através de exames é possível estudar a saúde da mãe e do bebê, definir a melhor opção de parto, se existe algum risco e qual a necessidade de uma intervenção cirúrgica. Por isso é importante se informar e se profissionalizar.

 

O IESPe defende que a opção de parto é sempre uma decisão da mulher e procura propor iniciativas que informem e capacitem os profissionais para o melhor atendimento, com diferença de mercado e capacidade. O IESPe oferece também cursos de pós-graduação em Enfermagem Obstetrícia. Para informações, clique aqui.

 

Outras informações, ligue: +55 32 3216-1224

 

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IESPE

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