Como os gatilhos metabólicos melhoram a saúde dos alunos e pacientes?

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Descubra os efeitos dos gatilhos metabólicos como alimentação e exercício físico na saúde e a importância dos fatores psicológicos

 

A melhora do funcionamento do metabolismo humano (que nada mais é do que o conjunto de reações bioquímicas que gerenciam o processamento da energia advinda da alimentação e de nossas reservas corporais), é responsável pelo controle do peso corporal e adaptações para a melhora da composição corporal. E nesse processo, precisamos considerar um fator muito importante: os gatilhos metabólicos

 

Sabe-se que um dos principais estimuladores do emagrecimento é a própria composição corporal. Isso porque um tecido adiposo aumentado e uma baixa quantidade de massa muscular atuam negativamente, entre outros aspectos, na liberação sanguínea de mediadores inflamatórios. E eles são diretamente associados à sinalização da queima de gordura e aumento da expressão de enzimas e agentes mitocondriais musculares. Esses agentes, por sua vez, estão ligados ao grau de estimulação da mobilização e oxidação de ácidos graxos do tecido adiposo e do maior tecido metabólico que existe: a musculatura esquelética.

 

Essa é uma das principais justificativas para o papel essencial da nutrição e da prática regular de exercícios físicos como gatilhos metabólicos para otimização das reações que controlam a utilização da energia corporal. Não à toa, falamos muito aqui no Blog do IESPE sobre a importância da alimentação e atividades físicas para a saúde.

 

Diante disso, estratégias para desenvolvimento do metabolismo tanto através do treinamento físico quanto pela alimentação são os pilares para a modulação do comportamento das principais vias metabólicas: hormonais, inflamatórias, imunológicas, absortivas, enzimáticas, proteicas, epigenéticas.

 

Podemos concluir então que para melhorar a saúde em sua esfera biológica, psicológica e social, necessitamos que a interação desses sistemas reflita positivamente os hábitos comportamentais que levam em longo prazo às adaptações responsáveis pela efetividade metabólica. E esse processo só é realmente possível através doa companhamento de profissionais especializados das áreas de Nutrição e Educação Física.

 

 

Gatilhos metabólicos e fatores psicológicos

 

Não é possível gerar adaptações significativas em nosso corpo sem o fator tempo. É por isso que o componente psicológico é extremamente importante para que uma intervenção dietética proposta pelo nutricionista ou de treinamento físico proposta pelo professor de educação física sejam aderidas pelas pessoas que precisam ou desejam emagrecer ou aumentar a quantidade de massa muscular.

 

Por melhor que seja o planejamento alimentar e dietético ou a periodização do treinamento físico, nenhuma adaptação sólida a nível metabólica será desenvolvida caso o indivíduo não seja capaz de aderir ao programa estabelecido pelos profissionais. E como já falei aqui no Blog, o sedentarismo muitas vezes tem origem em questões psicológicas, seja por conta de experiências insatisfatórias com a atividade física ou de sentimentos depreciativos já existentes.

 

É por isso que qualquer estratégia que vise a melhora da saúde, através da otimização do metabolismo e consequentemente a melhora da composição corporal, necessita ser projetada em longo prazo. Tanto pela necessidade de um maior tempo para que o corpo se adapte ao arranjo dos ajustes (provocados pelo nutriente e pelos impulsos do exercício físico) quanto pela exigência de que esse “novo comportamento” seja crônico e aderido por bastante tempo.

 

Portanto, embora os principais gatilhos de otimização metabólica sejam dieta e exercício físico, os aspectos comportamentais gerenciados pela psicologia se tornam condição essencial para que as práticas sejam desencadeadas. Desse modo, os aspectos psicológicos devem ser considerados em qualquer proposta de emagrecimento ou ganho de massa muscular. Qualquer prática que vise a melhora do metabolismo depende da aderência ao protocolo estabelecido pelo nutricionista e professor de educação física, e garantido no sentido comportamental pela intervenção do psicólogo.

 

 

Referências:

 

Paes, Santiago T. et al. Metabolic effects of exercise on childhood obesity: a current view. Revista Paulista de Pediatria. 2015;33(1):122-129.

 

Paes, Santiago T. et al. Childhood obesity: a (re) programming disease? J Dev Orig Health Dis. 2015, 1-6.

 

Paes, Santiago T., Bianchini, Renato M. How to Start an Exercise Program for Obese Individuals and Minimize the Incidence of Orthopedic Problems? J J Obesity. 2015. 1(3): 021.

 

Paes, Santiago T., Bianchini, Renato M. Obesity: How can Interventions Ensure Treatment Success? Int J Endocrinol Metab Disord 2015, 1(4): 15:21.

 

Paes, Santiago T., Bianchini, Renato M. Childhood Obesity: Role of Non-Pharmacological Program of Body Weight Reduction Treatment. J Endocrinol Diabetes Obes 3(3): 1077.

 

 

 

 

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Santiago Paes

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