Colaboradores aprenderam procedimento correto para atender vítimas de parada cardiorrespiratória
Responsável por oferecer cursos de Suporte Básico e Avançado de Vida da AHA – American Heart Association para profissionais de saúde (BLS, ACLS e PALS), o IESPE acaba de capacitar sua própria equipe para prestar atendimento em caso de parada cardiorrespiratória. Na quarta-feira (02), a diretoria, setor administrativo e secretaria realizaram um curso personalizado sobre Ressuscitação Cardiopulmonar baseado no BLS – Basic Life Support, em que puderam conhecer e praticar todas as etapas de assistência individual até a chegada do serviço móvel de urgência.
Para o diretor do IESPE, Walbet Vianna, é natural e necessário que uma empresa tão dedicada em propiciar o treinamento de profissionais de saúde tenha conhecimento na área e também saiba atender uma intercorrência.
A iniciativa não só garante mais propriedade na hora de auxiliar alunos, mas também mais segurança, que é o objetivo principal da instituição de ensino. “Pode acontecer alguma coisa em qualquer lugar, seja em casa, aqui dentro do IESPE ou onde mais estiverem. E não só os nossos alunos devem saber agir diante disso, mas também a nossa equipe”.
Walbet não ficou de fora do treinamento e foi, inclusive, o voluntário no momento de demonstrar a ventilação em bebês e adultos com o uso da máscara. “Acho o conhecimento importante e o curso foi muito válido. Como pai, tenho muito essa preocupação porque é algo que pode acontecer com a minha filha. A minha ideia agora é estender esse treinamento para outras pessoas, como para mães”, declarou o diretor.
Treinamento de RCP
Para garantir a qualidade do treinamento, os próprios diretores e instrutores do BLS – Basic Life Support foram responsáveis pelo curso. Comandado por Marcos Schlinz, o momento contou com a participação dos enfermeiros Erika Dornelas, Arindha Rossignoli e Daniel Ângelo.
O enfermeiro intensivista titulado ABENTI/AMIB e diretor do BLS, Marcos Schlinz, fez questão de personalizar o curso baseando-se nos guidelines mais recentes da American Heart, para melhor atender à necessidade dos colaboradores do IESPE e convidados externos.
Foi abordada tanto a parte científica, através do conceito de parada cardiorrespiratória e das diretrizes, quanto a prática de assistência a adultos e bebês vítimas dessa intercorrência.
Ao final do curso, todos os presentes fizeram um atendimento individual simulado, sempre supervisionados por um instrutor. “Os participantes estiveram diante de um manequim de alta fidedignidade para a simulação realística e todos eles praticaram o reconhecimento de uma PCR, o pedido de ajuda ao SAMU enfatizando para que trouxessem o DEA (Desfibrilador Externo Automático) e a realização das compressões torácicas alternadas com ventilação até a chegada do serviço médico de urgência”.
A integração da equipe de profissionais e leigos do IESPE foi responsável por uma maior descontração nesse momento de aprendizado, mas não prejudicou o foco nos conhecimentos que eram passados. Muito pelo contrário: Marcos destacou que a participação dos presentes foi um dos pontos-chave para que o curso transcorresse bem.
“Foi muito bacana e rica essa experiência. Eu percebi uma motivação muito grande dos não profissionais de saúde que foram alunos nessa turma. Tivemos um bom feedback, perguntas frequentes e muito pertinentes, além de alguns exemplos e experiências deles, que trouxeram para nós durante as aulas”.
Outro fator que tornou o momento ainda mais especial foi o fato do treinamento ter sido realizado fora do horário de trabalho e ministrado de forma voluntária pelos instrutores, demonstrando a valorização em compartilhar e adquirir conhecimento, ideia que já é lema da instituição.
De acordo com Ralph Vianna, gerente de marketing do IESPE, o treinamento foi muito válido justamente para que esse lema seja o mais genuíno possível. “Se somos uma instituição onde o slogan é 'o conhecimento nunca para', esse ideal que temos tem que ser cumprido por todos. Temos que sempre estudar não só para executarmos nosso trabalho, mas também para sermos pessoas mais capazes de viver em uma sociedade e isso inclui ajudar a saúde do próximo”.
O profissional também destacou como uma importante consequência do curso a sensação de unidade e propósito criada na equipe. “O meu sentimento enquanto colaborador do IESPE foi de pertencimento da equipe e de que o meu papel nesse grupo aumenta cada vez mais. Além disso, nós conseguimos nos sentir muito mais verdadeiros na hora de vender um curso de saúde se já vivemos parte dele na prática”, enfatizou.
Todos podem salvar vidas
A direção do IESPE e o diretor do BLS já indicaram que a proposta é o começo de uma grande iniciativa de capacitação de leigos, tanto em outras empresas como para o público em geral. A instituição de ensino já é participante ativa do evento anual do Dia Nacional da Reanimação Cardiopulmonar, que no ano passado capacitou mais de 13.000 pessoas pelo Brasil. Mas a ideia é expandir essa proposta, divulgando ainda mais o conhecimento de que todos podem salvar vidas.
“O treinamento realizado no IESPE nos incentivou a levar o curso com esse formato para não profissionais de saúde em algumas empresas e também serviços da própria comunidade, para que possamos compartilhar esse conhecimento e atender as próprias recomendações da American Heart”, explicou o enfermeiro Marcos Schlinz, diretor do BLS – Basic Life Support.
A associação internacional tem divulgado a necessidade de um maior número de pessoas treinadas no reconhecimento do problema e na realização de uma ressuscitação cardiopulmonar rápida e de qualidade. “O objetivo é possibilitarmos um atendimento rápido e preciso do paciente vítima de parada cardíaca aonde quer que ele esteja, e que, com isso, tenhamos o mínimo de sequelas neurológicas para esse paciente”, concluiu.
Confira mais fotos do dia de treinamento: