Equipe do IESPE participa do Dia Nacional da Reanimação Cardiopulmonar

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332 pessoas foram capacitadas no evento de Juiz de Fora, que ocorreu juntamente com outras 27 cidades

 

O que você faria se presenciasse um familiar, vizinho ou desconhecido sofrendo de parada cardíaca? Em uma situação desesperadora como essa, a resposta normalmente envolve chamar a ambulância e torcer para que tudo dê certo. Mas com o conhecimento adequado, todos podem contribuir para que uma vida seja salva. E foi com essa importante ideia de capacitar a cidade para lidar com situações de emergência que a equipe de pré-hospitalar do IESPE esteve no Dia Nacional da Reanimação Cardiopulmonar, realizado no dia 27 de agosto no Shopping Jardim Norte, em Juiz de Fora. Depois de uma participação de sucesso na edição passada, os profissionais foram responsáveis por treinar os instrutores e orientar o funcionamento das estações de ensino.

 

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Quem esteve no evento, pôde perceber o tamanho da iniciativa e o quanto ela já cresceu. Isso porque logo depois de preparada, a área extensa chamava a atenção de curiosos que passeavam com suas famílias no shopping. Em um tatame próprio, bonecos, troncos e equipamentos para treinamento de emergência se espalhavam pelo chão e um grupo de instrutores esperava ansioso para que o primeiro “aluno” se apresentasse.  O objetivo de tudo isso? Fazer com que cada pessoa interessada, independente de idade, formação ou qualquer outro fator, pudesse aprender gratuitamente a prestar assistência a alguém sofrendo de parada cardiopulmonar.

 

As pessoas que foram pegas de surpresa não sabiam ainda do real tamanho da iniciativa, pois ao mesmo tempo em que 332 juiz-foranos aprendiam os movimentos corretos nessa situação, pessoas de outras 27 cidades também faziam o mesmo.

 

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Organizado pela LATRE (Liga Acadêmica de Trauma e Emergência da UNIPAC) em Juiz de Fora, o Dia Nacional da Reanimação Cardiopulmonar foi idealizado pela Liga Acadêmica de Trauma e Emergência do Maranhão, e já acontece há três anos com o grande objetivo de ensinar gratuitamente a população a realizar o procedimento necessário no caso de uma parada cardíaca: o RCP (Reanimação Cardiopulmonar), que promove o bombeamento do sangue substituindo a função do coração. Nesse evento anual, várias cidades do Brasil recebem, ao mesmo tempo, a instrução de profissionais da área da Saúde sobre o que deve ser feito nesse caso. E este ano, uma grande novidade consolidou ainda mais esse trabalho: agora o projeto também aconteceu de forma simultânea a nível internacional, contando com a participação de uma cidade no México.

 

 

Como funcionou o evento?

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Para que essa tarefa fosse possível, a equipe do IESPE foi responsável por fazer um alinhamento das práticas dos instrutores, treinando acadêmicos de Medicina voluntários para que pudessem ensinar de forma padronizada e correta aqueles que participavam da iniciativa. Ao todo, foram 11 profissionais do Atendimento Pré-Hospitalar dedicados ao evento: Arindha Rossignoli, Lucimar Mendes, Quenfins Almeida, Lucélia Silveira, Vanessa Braga, Grazielle Gava, Luana Costa, Roberto Fabio, Amanda Dias e Cristiano Vieira e o coordenador da equipe: Marcos Schlinz.

 

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Quenfins Almeida

Mas o grupo, que vive para enfrentar situações de emergência e adrenalina, não podia ficar de fora na parte mais importante do trabalho: compartilhar o conhecimento com as pessoas e promover a saúde na cidade. Por isso, a equipe também ficou encarregada de coordenar as estações em que cada prática necessária era apresentada para os interessados. Ao todo, foram quatro estações divididas entre as diferentes situações e materiais usados no atendimento, sendo elas respectivamente: Acolhimento, RCP adulto, RCP neonatal e DEA. Quenfins Almeida, coordenadora do Curso de APH Trauma – Atendimento Pré-Hospitalar do IESPE, explicou o que foi ensinado em cada estação:

 

 

Acolhimento:  

“Nessa primeira estação, as pessoas foram recebidas com uma explicação sobre o evento e o que iria ser aprendido de fato, preenchendo uma folha com dados importantes para o Dia Nacional da Reanimação Cardiopulmonar. O interessado então calçou as luvas e foi instruído sobre a ordem dos procedimentos e como eles deveriam ser realizados”.

 

RCP (Reanimação Cardiopulmonar) Adulto:

“Na segunda estação, as pessoas aprenderam o RCP adulto no protocolo que a AHA – American Heart Association divulga para leigos. As informações foram passadas para essas pessoas, que começaram a treinar o que foi aprendido nos bonecos próprios que estavam disponíveis no evento”.

 

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RCP (Reanimação Cardiopulmonar) Neonatal:

“Depois foram para a RCP neonatal, onde receberam informações que a AHA – American Heart Association indica para leigos em caso de atuação com criança. Nessa RCP neonatal, aprenderam as técnicas de desobstrução de via aérea superior, que é a causa mais comum que gera PCR (Parada Cardiorrespiratória) em criança”.

 

 

 

DEA (Desfibrilador Externo Automático):

“A última estação é aquela em que a pessoa aprende a manusear o DEA (Desfibrilador Externo Automático), que é um dispositivo feito para leigos. A importância do acesso a  um aparelho como esse está no fato de existirem leis em que todas as instituições que tem um grande número de pessoas, como shoppings, têm que ter um DEA de fácil acesso que possa ser usado pela população”.

 

 

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Arindha Rossignoli

Para Arindha Rossignoli, professora do Curso de APH Trauma – Atendimento Pré-Hospitalar do IESPE, o mais gratificante em poder participar do Dia da Reanimação Cardiopulmonar foi contribuir para a sociedade ao oferecer preparo para uma população como a brasileira, que praticamente não recebe esse tipo de aprendizado. “Nós professores do atendimento pré-hospitalar trabalhamos nas ambulâncias e viaturas que vão socorrer os pacientes e isso, na verdade, é algo que interfere diretamente no nosso trabalho. Ter uma população que sabe atuar, que sabe chamar o serviço de resgate, e que sabe fazer uma compressão cardíaca antes da nossa chegada no local, interfere diretamente nos nossos resultados e é muito gratificante ver a população aprendendo, sendo instruída”.

 

 

Como proceder no caso de uma parada cardiopulmonar?

 

O primeiro passo é reconhecer que a pessoa está tendo uma parada cardiopulmonar para que possa então começar a Reanimação Cardiopulmonar. Por isso, de acordo com a organização do evento, o cidadão que presencia uma situação como essa deve seguir os seguintes passos:

 

1- Reconheça a parada: Certifique-se de que o local é seguro antes de abordar a pessoa e chame-a vigorosamente. Se ela não responde e não respira, considere que ela está tendo uma parada cardiopulmonar.
2 – Peça ajuda: Ligue SAMU 192 ou peça para alguém próximo fazer isso enquanto você inicia o passo 3.
3 – Comece o RCP (Reanimação Cardiopulmonar): Comprima de forma PROFUNDA e RÁPIDA o centro do tórax da vítima, até o socorro chegar, seguindo as instruções abaixo:

 

  • Ajoelhe-se ao lado do paciente, como na foto abaixo.
  • Posicione suas mãos, uma sobre a outra, de forma a entrelaçar seus dedos e expor a região do “calcanhar” da mão.
  • Coloque suas mãos no centro do tórax da pessoa em parada. Deixe os braços retos e firmes. Posicione os seus ombros em cima das mãos. A compressão será feita com o calcanhar da mão.
  • Utilizando o peso do seu corpo, faça compressões PROFUNDAS (de 5 a 6 cm) E RÁPIDAS (de 100 a 120 por minuto). Sempre mantenha os braços esticados.
  • Permita o retorno total do tórax.

 

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Para saber mais, acesse o site oficial do evento: www.diadareanimacao.com.br

 

 

E por que é importante aprender sobre a parada cardiopulmonar?

A parada cardiopulmonar é um acontecimento súbito em que cada minuto sem ajuda reduz 10% das chances de sobrevivência. E, mais preocupante ainda: na maioria dos casos, acontece fora do ambiente hospitalar, com 84% ocorrendo em residências. Uma população informada e pronta para ajudar ao próximo pode duplicar ou até triplicar a chance de sobrevivência de uma vítima.

O Supervisor de ensino no IESPE / FacRedentor e Diretor de BLS – Basic Life Support, o enfermeiro intensivista Marcos Schlinz, falou da importância da instituição participar informando as pessoas: “Enquanto profissional de saúde, professor e cidadão, fiquei muito feliz em contribuir novamente neste grande evento, cujo objetivo vem ao encontro diretamente das orientações e recomendações da AHA – American Heart Association, que é sensibilizar e preparar o maior número de pessoas ao primeiro atendimento à parada cardíaca, pois, afinal, as primeiras intervenções é que irão definir o prognóstico e o desfecho favorável ou não daquela vítima de PCR (Parada Cardiorrespiratória)”.

 

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Dr. Clorivaldo Rocha Corrêa

Já o Dr. Clorivaldo Rocha Corrêa, médico e parceiro do IESPE que também estava presente no evento, apontou a necessidade de capacitar a população leiga no atendimento às paradas cardíacas, pois assim se reduz o tempo de início do tratamento, revertendo a situação nacional através da diminuição da mortalidade nesses casos.

 

É também importante que os cidadãos estejam atentos às causas para que possam não só saber socorrer uma pessoa sofrendo de parada cardiopulmonar como também prevenir que esse mal aconteça. Por isso, Dr. Clorivaldo chamou a atenção para a diferença que pode fazer um atendimento rápido e eficiente, sempre com o mais importante em mente: salvar uma vida. “As causas de paradas são muitas, sendo as doenças coronarianas (infartos) as mais comuns. Quanto mais rápido for o atendimento, maiores são as chances de sobrevivência e redução das sequelas”.

 

 

Veja abaixo como foi o evento em Juiz de Fora:

 

 

 

O Dia Nacional da Reanimação Cardiopulmonar foi idealizado e tem coordenação central feita pela LATE – MA (Liga Acadêmica de Trauma e Emergência do Maranhão) e Bernardinomed. Organizado em Juiz de Fora pela LATRE (Liga Acadêmica de Trauma e Emergência da UNIPAC), o evento contou com o apoio/patrocínio das instituições IESPE, FacRedentor, Policonsultas, Shopping Jardim Norte, DAOR (Diretório Acadêmico Dr. Olamir Rossini), AMPLA, VIVA eventos e Trinca camisas personalizadas.

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