Enfermeiros de Juiz de Fora ganham destaque em Congresso da SOMITI

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XIV Congresso Mineiro de Medicina Intensiva aconteceu em Belo Horizonte

 

Enfermeiros de Juiz de Fora ganham destaque em Congresso da SOMITI
Enfermeiros de Juiz de Fora ganham destaque em Congresso da SOMITI

O centro de convenções Minascentro em Belo Horizonte recebeu, entre os dias 21 e 23 de Maio, profissionais de todo o estado de Minas Gerais para discutirem os caminhos da medicina intensiva no Brasil e no mundo. A 14ª edição do Congresso Mineiro de Medicina Intensiva contou com um brilho diferente: uma equipe de enfermeiros de Juiz de Fora se destacou nos eventos que aconteceram antes e durante o encontro.

 

O congresso, realizado pela Sociedade Mineira de Terapia Intensiva – SOMITI,  multidisciplinar e conta com apoio da Associação de Medicina Intensiva Brasileira – AMIB, maior órgão do país para o setor. O enfermeiro intensivista e coordenador de ensino do IESPe – Fac Redentor, Marcos Schlinz, esteve no evento e conta com exclusividade ao portal tudo o que aconteceu por lá. A entrevista, você confere abaixo:

 

 

IESPe: É a primeira vez que você participa desse Congresso, Marcos?

Marcos Schlinz: Não, eu já participei de duas edições anteriores. A primeira vez eu fui como convidado comum e, já na segunda, eu presidi uma conferência, estimulando discussões científicas e aliando com a parte profissional. Mas essa última edição do Congresso Mineiro de Medicina Intensiva foi especialmente diferente porque nós atuamos bastante: além de eu presidir o encontro internacional com o enfermeiro lusitano, António José Lopes de Almeida, tivemos a oportunidade de produzir e oferecer um curso pré-congresso.

 

IESPe: Como surgiu o convite para a equipe ir ao Congresso MIineiro de Medicina Intensiva?

MS: Eu sou sócio da AMIB há quatro anos, tento uma parceria com a instituição e também com a SOMITI. A direção dessas entidades conhece minha trajetória profissional e sabe que eu atuo como coordenador de pós-graduação dos cursos de Enfermagem da FAC Redentor e do IESPe. O fato de nós termos um número expressivo de alunos e turmas abertas na área de UTI contribui para confirmar a qualidade do nosso serviço, não é? Então o Dr. José Paranhos que é chefe do Departamento Científico do presidente da casa, Dr. Hugo Urbano me convidaram para participar. Fiquei muito satisfeito, por isso incluí minha equipe para trabalhar junto comigo nesse projeto. Professores e alunos. O resultado não poderia ser melhor tanto para o congresso e quanto para o curso.

 

IESPe: E como foi o curso pré-evento?

MS: É comum acontecerem cursos antes dos congressos de maior porte, como esse. Nós organizamos um encontro da área de Enfermagem voltado para o cuidado ao paciente Discutimos todas as esferas: parte respiratória, problemas cardíacos, enfim tudo que envolve esse tipo de caso. E o mais importante: os palestrantes são profissionais atuantes no mercado, como o Pablo Correa que é coordenador do setor de UTI do Hospital Monte Sinai de Juiz de Fora. Ao final, os participantes puderam fazer perguntas, compartilhando o conhecimento do nosso dia a dia; isso sem falar que os mediadores estimularam muito as discussões. Aprendemos muito.

 

IESPe: Houve adesão?

MS: Olha, nós juntamos uma equipe competente e o resultado não poderia ser diferente, foi sucesso mais uma vez. A gente esperava em torno de 40 pessoas e tivemos que alterar o local de aplicação porque a procura foi muito alta, no total, foram 150 inscritos. Isso faz do nosso curso, o maior do pré-congresso. Sucesso total.

É importante destacar que contamos com a participação da Renata Pietro, ex-presidente do Departamento de Enfermagem da AMIB e da Associação Brasileira de Enfermagem em Terapia Intensiva – ABENTI e quem atualmente representa a enfermagem brasileira em eventos fora do nosso país. A repercussão foi tão grande que os presidentes dos departamentos de Medicina, Fisioterapia e Enfermagem da SOMITI foram pessoalmente até o local para registrarem momento e nos parabenizar.

 

IESPe: Na sua opinião, qual fator contribuiu para essa procura?

MS: Bem, eu tenho experiência de 10 anos como enfermeiro intensivista, já passei por muitas situações em que aprendi muito, então, sempre que eu vou produzir algo nesse nível, penso: o que é que vai ser útil para o enfermeiro aprender? O fato de supervisionar os cursos da área de Enfermagem no IESPe contribui muito para o sucesso desse minicurso pois nós levamos para lá aquilo que nós já fazemos aqui: o parecer dos profissionais que, além de ter um conhecimento teórico de base, atuam no mercado de trabalho.  Haviam muitos acadêmicos de Enfermagem, ou seja, a experiência pessoal do nosso trabalho para esse contexto, muitas vezes é fundamental para a formação desse aluno.

 

IESPe: O que você destaca da conferência internacional do enfermeiro António José Lopes de Almeida?

MS: Nossa, o conferencista foi espetacular. O António José Lopes de Almeida atua em Lisboa, Portugal e, com aquele sotaque peculiar foi extremamente acessível. Apesar do tema dele ter sido sobre a intervenção em grupos particularmente vulneráveis, nós fomos além: percebemos as diferenças entre o ser enfermeiro aqui e o ser enfermeiro em um país europeu. Os desafios que eles enfrentam são tão difíceis quanto os nossos. E, claro, juntos compartilhamos nossas soluções para problemas comuns. Ao final a palavra foi aberta ao público, enfim, foi muito pertinente.

 

IESPe: Quais aprendizados os enfermeiros tiveram acesso no XIV Congresso Mineiro de Medicina Intensiva?

MS: Não só os enfermeiros, afinal, é um congresso de todos os setores da terapia intensiva, inclusive, concomitantemente ocorreu o III Congresso Mineiro de Nutrição em Terapia Intensiva. Mas os enfermeiros em especial tiveram acesso a muita coisa atual: eu destaco  uma pesquisa encabeçada pela enfermeira Débora Feijó que está buscando um diagnóstico das UTI no Brasil e, claro, da classe dos intensivistas. É um projeto que vai expor o que funciona e o que precisa melhorar. Além disso, foi discutida a mudança que o setor vem sentindo nos últimos tempos, a enfermagem está deixando de ser apenas operacional e passando a produzir mais ciência, isso é essencial para a valorização da área. A questão de doação de órgãos também foi deliberada no encontro pois geralmente a constatação da morte é feita dentro do CTI, onde o enfermeiro intensivista é fundamental para que o protocolo de morte encefálica seja conduzido de forma adequada à legislação brasileira.

 

IESPe: A enfermeira norte-americana, Carol Thompson, também esteve no evento, o que ela trouxe?

MS: Bem, a Carol todos já esperávamos que seria muito bom. Ela é membra Academia Americana de Enfermagem e já ganhou um prêmio de Excelência em Educação de Enfermagem pela Associação de Enfermeiras do Tenesse nos Estados Unidos. Ou seja, é uma profissional muito reconhecida. Ela trouxe contribuições como a importância da hipotermia pós-parada para preservar o sistema neurológico dos pacientes e também a mobilização precoce dentro da UTI, o que já é praticado em alguns poucos hospitais aqui no Brasil. Essa mobilização precoce previne que o indivíduo tenha algumas complicações pós-cirúrgicas muito comuns como pneumonia, por exemplo. A equipe é treinada para fazer o paciente se movimentar no Centro de Terapia Intensiva, às vezes com ventilação mecânica. Foi fantástico.

 

IESPe: Para finalizar, você consegue destacar um momento inesquecível?

MS: É difícil selecionar um entre tantos momentos mas quando eu vi as bandeiras de Brasil e Portugal em cima da mesa que eu estava presidindo na palestra do enfermeiro António José Lopes de Almeida, de Portugal, eu fiquei realmente emocionado. Poder representar meus alunos, o IESPe, as instituiçoes organizadoras e o meu país em um momento tão importante do congresso foi, sem dúvida, a parte inesquecível dessa edição.

 

Confira imagens na galeria abaixo:

 

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O IESPe oferece cursos de pós-graduação (clique aqui) e extensão (clique aqui) na área de Enfermagem.

 

Para outras informações, ligue: +55 32 3216-1224

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IESPE

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