Como evoluir na carreira de profissional da saúde?

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Descubra qual deve ser a comportamento de um profissional da saúde para melhorar o seu atendimento e carreira

 

Atualmente formam-se muito mais profissionais de ensino superior que no passado. Ou seja, anualmente o mercado de trabalho é inundado de novos profissionais com formação superior. No que tange à áreas de Saúde, sempre existirá demanda de mercado, visto que  ficar saudável é algo inerente ao homem. Nós precisamos estar em plenas condições psicofísicas para desenvolver nossas ações laborais, sociais e biológicas. Diante dessa condição, reduzir ou abolir qualquer  adversidade da vida que possa prejudicar ou  diminuir essas ações é algo de muito interesse. Sabe-se que a principal causa de mortalidade no mundo são doenças cardiovasculares. Um dos principais fatores de risco, senão o maior deles, é o aumento do peso corporal/obesidade. Embora exista possibilidade de redução  na evolução das complicações e desfechos de morbimortalidade, a reversão desse quadro epidemiológico é praticamente nula.

 

pequena-coluna-santiago-profissional-saude-1Contudo, para que haja um manejo adequado e que corrobore intervenções eficientes para a promoção de saúde, bem-estar, qualidade de vida e estética, o profissional da saúde que deseja se destacar no mercado de trabalho necessita de capacitação adequada. Isso é uma verdade tanto no intuito de promoção de serviço qualificado e contextualizado das necessidades físicas daquele que receberá o serviço  quanto também na busca de destaque e visibilidade profissional dentro do mercado que trabalha. Mas como obter esses resultados?

 

 

É claro que a capacitação inclui se especializar buscando conhecimento através de cursos como um mestrado e pós-graduação. E essas especializações estão disponíveis para os mais variados perfis. No IESPE, por exemplo, são oferecidas pós-graduações da FacRedentor dentro da minha área que é a Educação Física e nos campos de Medicina, Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia.

 

Mas a primeira coisa a se fazer é amar o que faz. Por que isso é tão importante?  Porque mobiliza sua energia intrínseca tanto em acreditar em si próprio  como ser humano quanto, é claro, como profissional. Essa energia que  irá subsidiar a vontade pela mudança, o “gás” a mais na hora de estudar, a sagacidade para explorar as múltiplas formas de intervenção para com o atendido e, é claro, mover a contínua motivação de ensino-aprendizado.

 

pequena-coluna-santiago-profissional-saude-2Diante de se viver um dia de cada vez, o bom profissional perceberá que a vida lhe proporcionará o melhor aprendizado. Isso irá acontecer com as situações do cotidiano, as frustrações dos resultados não obtidos, discussões com profissionais de outras áreas, levantamento de hipóteses e evidências sobre um determinado fenômeno e contextualização dos achados na prática rotineira. Esses são apenas alguns exemplos de desafios que movem e ensinam conteúdos que a formação básica ofertada pelo ensino superior  está longe de contemplar, apesar de tentar preparar profissionalmente da melhor maneira possível o acadêmico que futuramente se deparará com essas condições.

 

Condições essas que devem ser levadas em consideração na hora de instruir e orientar a população nas suas diferentes nomenclaturas (alunos, clientes, pacientes). Einstein já dizia: “Se você não consegue explicar algo complexo de uma maneira simples e que todos entendam, você não domina esse conteúdo”.

 

 

Como deve ser a didática de um profissional da saúde?

 

Nos deparamos com os aspectos pedagógicos de ensino. Não  em um sentido de cunho educacional propriamente dito. Embora toda forma de instrução não deixe de ser educativa, o propósito em questão é a forma de expressão e didática que necessariamente devem ser aprendidos por todos os profissionais da área da Saúde.

 

pequena-coluna-santiago-profissional-saude-3Ao  se deparar com o público leigo, é necessário que o profissional seja incorporado ao mundo da pessoa que receberá a informação. É importante ter calma, paciência e, se possível, repetir ou tentar explicar de outras formas  o conteúdo explanado. Somente através desse tipo de conduta e uma boa dose de experiência, a armadura da superioridade ou arrogância será progressivamente despida. Assim, o “doutor” de outrora será transposto pelo profissional de saúde que, muitas vezes vestido pelo jaleco ou  pela cultura da relação profissional versus paciente, indiretamente pode exercer uma pressão que muitas vezes restringe culturalmente a liberdade ou clareza das informações  relatadas pelo assistido.

 

Muitas vezes a negligência sobre a sensibilização e humanização da assistência profissional induzem a diagnósticos precipitados, condutas ineficazes ou frustrações  nos resultados esperados.

 

Embora muitos acreditem que existam profissionais que “nasceram para isso” ou “receberam  um dom divino” para exercer a profissão, esse tipo de afirmação do ponto de vista adaptativo e evolutivo não retrata, por exemplo, as evidências  das ciências comportamentais. Aquela premissa de que o homem é fruto do meio em que vive vem a calhar exatamente sobre esse ponto de vista. Os processos adaptativos gerados a partir dos estímulos ambientais que o homem está inserido são capazes de promover adaptações que permitem que uma dada tarefa (psicomotora ou neurocognitiva),  seja realizada de maneira mais refinada, automatizada e, é claro, eficiente.

 

pequena-coluna-santiago-profissional-saude-4Em outras palavras, podemos dizer que a constante prática leva ao aperfeiçoamento das ações. A partir da experiência de vida, um profissional da saúde é capaz de modular a eficiência do atendimento e intervenção profissional. Contudo, tendo em vista que o homem é resultado das interações de seu físico, de sua mente e do ambiente social no qual está inserido, é importante que todo  e qualquer profissional da saúde que lide com relações interpessoais tenha em mente  o seguinte: o sucesso profissional dependerá não só do conteúdo teórico obtido ao longo de sua formação de ensino superior, especializações e pós-graduações, mas principalmente do grau de sensibilidade e expertise em “ler” os pequenos detalhes de cada pessoa consultada ou que de alguma forma possa receber a assistência.

 

Portanto, evoluiremos como profissionais, nas diferentes áreas da Saúde (Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição, Farmácia, Educação Física, Serviço Social, Odontologia e áreas afins), a partir do momento que refinarmos nosso limiar de identificação, avaliação e conduta terapêutica para com todos os nossos assistidos. Isso irá nos garantir, além da humanização do tratamento, maior entendimento sobre o fenômeno fisiológico ou patológico dos problemas relatados pelos clientes, o que subsidiará  mais exemplos práticos e maior discussão, experiência clínica e “bagagem” profissional para que o conteúdo aprendido em sala possa ser contextualmente aplicado de forma dinâmica, incisiva e eficiente em todas as esferas contempladas pelo serviço prestado pelo profissional da saúde.

 

E você? Já se deparou com algo que mudou sua forma de pensar e agir enquanto profissional da saúde? Então não deixe de comentar abaixo.

 

Abraço,

 

 

 

Grave RD et al. Lifestyle modification in the management of obesity:
achievements and challenges. Eat Weight Disord, v. 18:339–349, 2013.

Collins J.C.; Bentz JE. Behavioral andpsychological factors
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Chastin SFM et al. Meta-Analysis of the Relationship Between Breaksin Sedentary Behavior and Cardiometabolic Health. Obesity, v. 23, 1800–1810, 2015.

 

 

 

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Santiago Paes

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