Qual a importância da ciência do treinamento físico para os profissionais?

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Conheça os princípios do exercício e entenda a relevância da ciência do treinamento físico para garantir benefícios nos alunos

 

Um programa de treinamento físico é desenvolvido para melhorar a performance psicofísica e diversos aspectos relacionados ao corpo, como o funcionamento metabólico, composição corporal e habilidades neuromotoras. Os profissionais de educação física devem conhecer a ciência do treinamento físico, seus princípios e processos no intuito de desenvolver capacidades técnicas que possam dar base para a avaliação de programas específicos de melhora da técnica do movimento, força, resistência e potência muscular, eficácia dos sistemas bioquímicos energéticos, entre outros. Tudo isso de modo seguro, adequado e individual, o que garante a continuidade incremental das cargas e sobrecargas e a manutenção da integridade psicofísica ao longo dos anos de trabalho muscular.

 

 

A ciência do treinamento físico

 

A ciência do treinamento físico é norteada por princípios básicos do processo de treinamento para garantir uma prática duradoura, eficiente e que gere bons resultados de acordo com os objetivos e especificidades da modalidade praticada. O profissional que lida com essas condutas deve estar interagido com o conhecimento em Fitness, aliado também à cientificidade e aspectos psicofísicos. O educador físico que detém em sua formação a capacidade de intervir, tendo como suporte os princípios do treinamento físico, torna-se veículo potencial da otimização e personalização do treinamento, de modo a garantir a eficiência e desenvolvimento do praticante em curto espaço de tempo. Além disso, mantém a segurança da integridade física e gerenciamento crônico das adaptações desenvolvidas ao longo do processo.

 

Para isso, é necessário dominar alguns componentes que envolvem todo o referencial teórico acerca do processo de treinamento físico. E aos que acham que é fácil, segue uma pequena lista de alguns dos domínios necessários ao professor de educação física para o desenvolvimento de qualquer tipo de treino:

 

  • Conhecimento sobre o ensino/aprendizado das habilidades motoras,
  • Fisiologia do exercício físico,
  • Anatomia aplicada ao aparelho motor e sistemas correlatos,
  • Crescimento e desenvolvimento humano,
  • Filosofia e ética profissional quanto ao uso de estratégias proibidas ou doping,
  • Biomecânica,
  • História da educação física,
  • Bases nutricionais e bioquímicas dos sistemas energéticos,
  • Reabilitação física,
  • Doenças cardiometabólicas
  • Primeiros socorros.

 

Como adquirir esses conhecimentos?

 

A partir do conhecimento e especialização desses domínios, o professor de educação física torna-se veículo operacional de boas condutas. E do ponto de vista de potencialização das valências físicas e da saúde como um todo, pode utilizar da ferramenta “exercício físico” como um pilar para a construção, solidificação e manutenção dos benefícios desencadeados pela prática regular, segura e holística envolvida no movimento humano.

 

O desenvolvimento do corpo humano a partir do movimento requer sabedoria e olhar global sobre todos os aspectos envolvidos no processamento cognitivo e neuromotor das valências físicas. E o conhecimento só vem através da consolidação do aprendizado e incremento progressivo e específico das adaptações geradas a partir da contração muscular e quebra da homeostase físiológica. Lembrando que  esse processo acontece por meio da oscilação entre o estresse fisiológico provocado pelo exercício e a recuperação diária proporcional aos estímulos.

 

Portanto, é necessário sempre se capacitar e evoluir como profissional de saúde. E a ciência do treinamento físico está ai para isso, através de pós-graduações  e estudo científico.

 

A partir do domínio desse racional, um bom profissional de saúde, em especial o professor de educação física, torna-se extremamente capacitado para conduzir qualquer pessoa à obtenção de saúde, através da progressão do desenvolvimento e crescimento, tendo como catalizador o movimento humano.

 

 

Referências

 

Hawley, JA. Specificity of training adaptation: time for a rethink? J Physiol 2008 Jan 1; 586(Pt 1): 1–2.

Hecksteden, A et al. Individual response to exercise training – a statistical perspective. Journal of Applied Physiology Published 15 June 2015 Vol. 118 no. 12, 1450-1459.

Ammann BC et al. Application of principles of exercise training in sub-acute and chronic stroke survivors: a systematic review. BMC Neurol 2014; 14: 167.

 

Paes, Santiago T. et al. Metabolic effects of exercise on childhood obesity: a current view. Revista Paulista de Pediatria. 2015;33(1):122-129.

 

Paes, Santiago T. et al. Childhood obesity: a (re) programming disease? J Dev Orig Health Dis. 2015, 1-6.

 

Paes, Santiago T., Bianchini, Renato M. How to Start an Exercise Program for Obese Individuals and Minimize the Incidence of Orthopedic Problems? J J Obesity. 2015. 1(3): 021.

 

Paes, Santiago T., Bianchini, Renato M. Obesity: How can Interventions Ensure Treatment Success? Int J Endocrinol Metab Disord 2015, 1(4): 15:21.

 

Paes, Santiago T., Bianchini, Renato M. Childhood Obesity: Role of Non-Pharmacological Program of Body Weight Reduction Treatment. J Endocrinol Diabetes Obes 3(3): 1077.

 

Paes, Santiago T. Efeitos do consumo proteico sobre a hipertrofia ocasionada pelo treinamento resistido: Uma visão atual. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 10. n. 55. p.11-23. Jan./Fev. 2016.

 

 

 

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Santiago Paes

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