Conheça estas falhas na prescrição de treino e a abordagem correta para cada caso
O processo de prescrição de exercícios é complexo e por muitas vezes detalhes básicos são deixados de lado, o que pode dificultar muito o trabalho do profissional e a compreensão do aluno.
Já detalhamos aqui no Blog, por exemplo, o efeito dos deslizes na prescrição para emagrecimento e falamos sobre outro problema comum que muitas vezes afasta o aluno do exercício: o mau comportamento do personal trainer.
A prescrição de treinos pode ser feita na musculação, nos esportes coletivos, no exercício aeróbio e em muitos outras modalidades. Independente disso, regras básicas devem ser respeitadas para conseguirmos o máximo de desempenho do aluno.
Prescrição de exercícios: erros comuns
Confira abaixo 3 erros muito comuns na prescrição de exercícios e que você não deve cometer:
1- Planejamento sem metas claras e objetivas
Isto é mais normal do que você imagina. Quando começamos um planejamento de treinos de um aluno, precisamos definir de forma clara quais são os objetivos daquele treinamento. Daqui a um mês onde queremos estar? E daqui a um ano?
Por exemplo: se seu aluno tem como objetivo o emagrecimento, trace junto com ele metas reais e claras de curto, médio e longo prazo. Quantos quilos ele irá perder por semana em média? E por mês? Qual o objetivo de circunferência abdominal para daqui a 1 ano?
Isso irá facilitar muito o seu trabalho de profissional do Fitness e também a motivação do aluno, pois clareza é muito importante quando o assunto é busca de resultados.
2- Não educar o aluno
Dos três, talvez este seja o mais negligenciado. Muitos profissionais com “medo” de perder o seu aluno acabam não explicando detalhe por detalhe o que estão fazendo, com o objetivo de deixar esse aluno dependente do seu trabalho.
Posso falar com tranquilidade que essa não é a melhor opção, embasado na teoria e também na prática profissional do dia a dia. Dentro do processo de prescrição de exercícios e do dia a dia do contato com o aluno, é muito importante educá-lo, explicar por que está fazendo a programação de treinos daquela forma e não de outra e por que aquele determinado exercício deve ser feito de tal jeito.
Com o seu aluno tendo verdadeira consciência do que está fazendo, os resultados aparecem com muito mais facilidade e, mostrando bons resultados, com certeza você terá a fidelização desse aluno.
Como disse, essa é com certeza uma melhor opção do que deixá-lo “dependente” de você.
3- Pouco controle do que é feito
Por fim, o controle. Muitas vezes, em uma roda de conversa com outros profissionais, um deles está contando sobre o caso de algum aluno e acaba pedindo uma opinião. Para me embasar melhor na hora de opinar, pergunto detalhes do treino, como: “qual é a real intensidade do treino desse aluno?”, “qual o volume semanal de treino?”, “de quanto em quanto tempo são feitas as progressões de carga?”. E o profissional acaba não sabendo responder muitos dos questionamentos.
Existe uma frase que gosto muito, do Robert Kaplan, professor da Harvard Business School que é: “O que não é medido não é gerenciado”. Você precisa medir e controlar cada detalhe do treino para poder gerenciá-lo da melhor forma possível.
Se seu aluno não está tendo resultados, por exemplo, como saber o que você precisa modificar se você não faz o controle das variáveis do treino? Esse controle é primordial para atingir resultados ótimos!
Conclusão
Na hora de fazer a prescrição de exercícios do seu aluno, não esqueça do básico, independente se o objetivo dele é emagrecimento, hipertrofia ou qualquer outro. Crie metas claras e objetivas de resultado, eduque o seu aluno, explique o porquê de cada detalhe do treinamento e controle todas as variáveis do treino.
Assim, você com certeza terá dado mais um ou muitos passos na direção da entrega de bons resultados aos seus alunos.
Bons treinos e bons estudos!
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